Ficha Técnica:
Gênero: teen, dramaDiretores: Tim Kirkby e Benjamin Caron
Roteirista: Tom Bidwell
Elenco: Sharon Rooney, Ciara Baxendale, Dan Cohen, Jodie Comer, Jordan Murphy, Nico Mirallegro
Tema de abertura: One to Another - The Charlatans
Sinopse: My Mad Fat Diary foi uma série de televisão britânica baseada no livro "My Fat, Mad Teenage Diary", escrito por Rae Earl. Estreou em 14 de janeiro de 2013 pelo canal de televisão E4. A série é situada na década de 1990, a história acompanha a vida de Rae, uma jovem obesa de 16 anos que vive em Lincolnshire com a sua mãe.
Bom, terei que me esforçar a beça para fazer essa resenha pois não é fácil deixar o ciúmes de lado. Além de ser uma das minhas séries preferidas, My Mad Fat Diary passa uma mensagem muito importante que eu acho necessário compartilhar.
My Mad Fat Diary possui apenas - e infelizmente - dezesseis episódios divididos em três temporadas. A série se passa em 1996 e retrata a adolescência de uma jovem chamada Rachel Earl - Rae - que possui problemas de auto estima e auto imagem por conta de seu peso. Rae passa algum tempo em uma clínica psiquiátrica por conta de um episódio em que ela tentou se matar. Quando volta pra sua cidade, se depara com uma rotina totalmente diferente. Rae logo de cara, percebe uma mudança enorme em casa e com todas as suas inseguranças, medos e paranóias, busca consolo e abrigo em seu diário. Além de reencontrar sua melhor amiga de infância Chloe, Rae tem a oportunidade de fazer parte do seu grupinho de amigos descolados. De início, ela percebe uma certa dificuldade em se enturmar, mas em alguns instantes nota que tudo que ela precisa fazer é ser ela mesma. Daí em diante, Rae passa a ser parte da gangue (ou "the gang" como é entitulado o grupo de amigos em inglês).
Entre os momentos mais importantes e emocionantes da série, estão as sessões de Rae com seu terapeuta. Confesso que derramei uns bons quinze litros de lágrimas pois além de compreender perfeitamente a personagem, em alguns momentos passamos a refletir e nos colocarmos no lugar da mesma.
Claro que não podemos falar em série adolescente sem citar as paixonites que há nela. Logo de início, meu coração bateu mais forte por Finn Nelson e ele sempre estará entre o top 5 dos meus personagens preferidos. Finn é aquele típico garoto meio bad boy que vai nos conquistando a cada capítulo e não demonstra muito seus sentimentos, mas no fundo é um amor de pessoa.
Com essa definição pode parecer que a série é apenas mais um cliché adolescente, que Rae é uma menina dramática e exagerada, porém não. Rae é muito bem humorada, forte e divertida (e possui aqueles pensamentos um tanto maliciosos que todos nós temos porém nunca diríamos em voz alta, de chorar de rir) e a série além de quebrar alguns tabus (afinal, qual a última vez que você viu uma adolescente obesa protagonizar uma série que não seja de comédia e ainda ficar com o personagem galã?) ela retrata a vida e a adolescência como realmente são. A abordagem de assuntos como drogas e sexo, é feita de maneira natural e em muitos momentos engraçada. E se você já não passou por alguma das situações apresentadas na série, no mínimo conhece alguém que já passou.
A série possui um enredo fantástico, com personagens adoráveis e de todos eles, só consigo me lembrar de um que eu desenvolvi uma certa antipatia. E não podemos deixar de citar a playlist maravilhosa que acompanha a série do início ao fim. A banda preferida de Rae é Oasis, só esse fato já é de grande incentivo para dar início a série, amém irmãos?
A evolução que Rae faz ao decorrer da série é algo lindo de se ver e nos faz acreditar que se ela pôde superar e passar por cima de suas inseguranças, todos nós podemos. Rae é aquele tipo de personagem que você se sente amiga e em alguns momentos, tem vontade de dar um puxão de orelha depois de uma atitude idiota. Mas o mais importante: sempre torcemos para que ela consiga superar seus dramas e se entregue aquilo que a faz bem e feliz.
E caso você tenha ou já tenha tido problemas de auto estima, eu recomendo que você tire algumas horinhas do seu dia para admirar essa série e assim como eu, perceber que você não está sozinho nessa. My Mad Fat Diary é aquele tipo de série que todo mundo precisa ver e eu garanto que depois de apenas dois episódios, você também vai se sentir parte da gangue de Rachel Earl.