Sinopse:
Dois jovens prestes a escolher a morte despertam um no outro a vontade de viver. Violet Markey tinha uma vida perfeita, mas todos os seus planos deixam de fazer sentido quando ela e a irmã sofrem um acidente de carro e apenas Violet sobrevive. Sentindo-se culpada pelo que aconteceu, Violet se afasta de todos e tenta descobrir como seguir em frente. Theodore Finch é o esquisito da escola, perseguido pelos valentões e obrigado a lidar com longos períodos de depressão, o pai violento e a apatia do resto da família. Enquanto Violet conta os dias para o fim das aulas, quando poderá ir embora da cidadezinha onde mora, Finch pesquisa diferentes métodos de suicídio e imagina se conseguiria levar algum deles adiante. Em uma dessas tentativas, ele vai parar no alto da torre da escola e, para sua surpresa, encontra Violet, também prestes a pular. Um ajuda o outro a sair dali, e essa dupla improvável se une para fazer um trabalho de geografia: visitar os lugares incríveis do estado onde moram. Nessas andanças, Finch encontra em Violet alguém com quem finalmente pode ser ele mesmo, e a garota para de contar os dias e passa a vivê-los.Sempre amei livros com tema sobre suicídio, depressão e medo de viver, por este motivo decidi ler “Por lugares incríveis” e ele se tornou instantaneamente um dos meus preferidos sobre o tema. Por este motivo, ponderei por um bom tempo se devia ou não resenhá-lo, pois sabia que não importava o quanto tentasse nada do que eu escreveria iria fazer jus a ele.
O enredo é baseado na amizade entre Finch e Violet e em como duas pessoas diferentes, mas unidas por algo em comum, conseguem fazer uma para outra exatamente o que a outra necessita. O livro também é narrado na primeira pessoa, mostrando o ponto de vista de ambos os personagens, o que faz a história ser ainda mais intensa e instigante.
Violet Markey era popular, vivia cercada de amigos e sempre soube o que queria fazer no futuro, em resumo tinha uma vida considerada perfeita. Mas ao perder sua irmã em um acidente, passa a se sentir culpada e não sabe como voltar a ser quem era, pois tudo com que se importava parece ter ido embora junto com sua irmã.
Já Theodore Finch é completamente o oposto de Violet. É considerado um adolescente problemático e que inventa uma personalidade nova a cada dia. Nunca sabe quem realmente é e sempre está tentando descobrir mesmo quando o seu desejo é realmente se perder, o que só o faz se sentir ainda mais confuso.
Certo dia, por coincidência, acabam se encontrando no alto da torre da escola onde ambos estão prestes a pular. Depois de uma conversa, ambos ajudam um ao outro e decidem não o fazer. Porém é só quando a dupla é designada a fazer um trabalho de geografia, que consiste em fazê-los visitarem os lugares mais inusitados do estado em que vivem (neste caso, Indiana) que a história toma seu verdadeiro rumo.
Quanto mais tempo passam juntos, mais a viagem deixa de ser apenas trabalho e começa a ser uma forma de se conhecerem melhor e assim ajudarem um ao outro. Violet começa a dar mais valor a sua vida e ao mundo e vemos que essa mudança só ocorre por conta de Theodore, que mesmo sendo o mais depressivo no meu ponto de vista, sempre foi o mais espontâneo e a conseguiu fazer enxergar o mundo como era antes.
Finch sem dúvidas é um dos meus personagens literários favoritos, pois dada toda a situação em que vive e em como se sente, ele ainda assim consegue nos fazer acreditar que tudo pode ser melhor sim, basta acreditar. Theodore Finch em resumo é aquele melhor amigo que todos sonham em ter e que quando acaba o livro, não importa quantos outros leia depois, você continua sentindo falta.
Não vou mentir, esse livro foi um dos que mais me fizeram chorar durante a leitura e até hoje eu não o superei, mas ele também foi responsável por me fazer rir e voltar a acreditar em certas coisas que eu não tinha mais fé. Fez-me ver que Independente de todas as diferenças, sejam elas: sociais, religiosas, culturais etc, todos temos medos, sentimos dor, amamos e sofremos e que acima de tudo, existem pessoas com os mesmos problemas citados na história e nós nem sequer sabemos, pois estas sofrerem em silêncio.
Eu diria que “Por lugares incríveis” não é só mais um livro entre tantos, que “Por lugares incríveis” é uma lição de vida, sobre a vontade de salvar um ao outro e continuar vivendo, mesmo cercado de medos e inseguranças.