Sinopse: 

Bea foi diagnosticada com transtorno obsessivo-compulsivo. De uns tempos pra cá, desenvolveu algumas manias que podem se tornar bem graves quando se trata de... garotos! Ela jura que está melhorando, que está tudo sob controle. Até começar a se apaixonar por Beck, um menino que também tem TOC. Enquanto ele lava as mãos oito vezes depois de beijá-la, ela persegue outro cara nos intervalos dos encontros. Mas eles sabem que são a única esperança um do outro. Afinal, se existem tantos casais complicados por aí, por que as coisas não dariam certo para um casal obsessivo-compulsivo? No fundo, esta é só mais uma história de amor... e TOC.







TOC - Transtorno obsessivo-compulsivo. Quando se fala nisso muitas vezes pensamos no mais "comum" como mania de limpeza ou de organização extrema, mas o livro fala de TOCs diferentes e até desconhecidos. Alguns que eu nem sabia serem TOCs, como manias aparentemente simples e que pudem se agravar, e muito. Bea tem mania de verificar a rua milhares de vezes quando está dirigindo, dirige bem devagar e pára o carro diversas vezes para se certificar de não ter atropelado ninguém. Tem medo de objetos pontudos e de perto deles ela se tornar perigosa, ferir alguém ou até matar. Ela também tem um caderninho de anotações, cujos assuntos são um pouco estranhos e suspeitos. Mas seu TOC mais estranho é o de "stalkear" pessoas. Ela começa a stalkear um cara que vê no consultório de sua terapeuta, o stalkea em segredo, claro, ouvindo sua terapia do lado de fora da sala, anotando cada detalhe, consegue assim muitas informações sobre ele, sabe que ele tem uma namorada, e passa a stalkear o casal, os admira e passa muito tempo os seguindo de longe, observando suas janelas e tentando decifrar como é a vida que levam e até como seria fazer parte dela. Ela não é a única com essas manias estranhas. A terapeuta, Dra. Pat a coloca em um grupo, em que todos fazem terapia com ela para diminuir as crises e acabar com o mal o TOC lhes causa. Na terapia em grupo Bea conhece Beck, ele sofre com ataques de pânico, assim como ela, e tem compulsão por limpeza, principalmente em lavar as mãos e tomar banhos exagerados. Ela começa a se apaixonar e o sentimento é recíproco, mas são tantos os problemas de TOC entre eles, que precisam ajudar, verdadeiramente, um ao outro, já que juntos se expõem a algumas situações que são prejudiciais ao tratamento. No grupo, eles devem falar abertamente de suas manias, as melhoras conquistadas e dizer o que tem sido mais difícil. Bea precisa se abrir mais com relação aos TOCs que tem e ser mais gentil. Ela costuma falar o que vem à mente, logo de cara, o que pode acabar prejudicando o desempenho de si mesma e dos outros, por conta de seus comentários negativos. Ela é um pouco trapaceira, como se fosse melhor do que os outros - isso nos faz não gostarmos dela em alguns momentos. Um dos pontos importantes do livro, você pode não se apaixonar pela Bea de cara, mas vai querer saber como termina a história, vai torcer por esse grupo incomum e vai aprender quem sabe até, a controlar alguma ansiedade - não necessariamente TOC, claro, nesses casos como vemos no livro acompanhamento profissional é importante - ou ajudar alguém. Alguns dos casos descritos realmente nos tocam e no decorrer da história vamos torcendo por eles e por suas respectivas melhoras.

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