Sinopse: 

         "Um amor proibido no melhor estilo de Romeu e Julieta"
Depois de perder a irmã gêmea para a leucemia, Ashlyn Jennings é enviada pela mãe descompensada para a casa do pai, com quem mal conviveu até então. Devastada, Ashlyn viaja de trem para Edgewood carregando poucos pertences, muitas lembranças e uma caixa misteriosa deixada pela irmã. Na estação, Ashlyn conhece o músico Daniel, um rapaz lindo e gentil. A atração é imediata, e, depois de um encontro romântico, os dois descobrem que compartilham não só o amor pela música e por William Shakespeare, mas também a dor provocada por perdas irreparáveis. O único problema é que, quando Ashlyn começa o ano letivo na escola onde o pai é diretor, descobre que Daniel é o Sr. Daniels, seu professor de inglês, com quem não pode de jeito algum ter um relacionamento amoroso. Desorientados, os dois precisam manter seu amor em segredo, e são forçados a se ver como dois desconhecidos na escola. E, como se isso já não fosse difícil o bastante, ainda precisam tentar de todas as formas superar problemas do passado e sobreviver a alguns conflitos inesperados e dramáticos que a vida apresenta – e que poderiam separá-los para sempre.

“Sr. Daniels” já estava há um bom tempo em minha lista PSL (para serem lidos), mas foi só semana passada que finalmente dei uma chance para ele e o li. Foi então que percebi que a maior besteira que fiz foi ter adiado sua leitura por tanto tempo, já que o livro é realmente incrível.

A trama conta a história de Ashlyn, uma garota de apenas 19 anos que acaba de perder sua irmã gêmea Gabby para a leucemia e ainda não superou a perda. Ela vive com sua mãe alcoólatra que basicamente a mandou embora de casa depois da morte de sua irmã, para viver com seu pai, um homem distante que mora em Wisconsin e que nunca esteve presente em sua vida. Apesar de todos os problemas e rejeição é uma menina forte e super me identifiquei com ela já que a mesma vive escondida atrás dos livros.

Do outro lado da história temos Daniel Daniels, um rapaz de 22 anos, gentil, romântico, inteligente e que me deixou apaixonada assim que apareceu. Durante o dia ele é professor de inglês, e nas noites vocalista da banda “Romeo’s Quest”, uma banda cujas letras são todas baseadas em obras de William Shakespeare. Ele também acaba de passar por certos traumas, como ter visto sua mãe ser assassinada, ter que mandar o irmão viciado em drogas para cadeia numa tentativa de mantê-lo vivo, além de recentemente ver seu pai morrer de câncer.

A história toma o seu rumo, quando Ashlyn pega o trem com destino a sua nova vida em Wisconsin. Enquanto espera o pai ir busca-la, ela acaba “esbarrando” em Daniel e a atração entre ambos é imediata. Os dois marcam um encontro em um bar onde Daniel costuma tocar e lá descobrem que além da atração, também possuem gostos em comum como, por exemplo, o amor pela música e por Shakespeare.

Mas como tudo na vida desses dois não é fácil, tudo desmorona no primeiro dia de aula de Ashlyn, quando ela descobre que Daniel nada mais é que Sr. Daniels, o seu professor de inglês e por consequência seu amor proibido. A partir daí, dá-se uma série de tentativas de manter o romance escondido para que Daniel não perca seu emprego.

Os capítulos são alternados entre Ashlyn e Daniel, o que deixa a história ainda mais interessante já que assim podemos saber o que se passa na cabeça de ambos.

Outra coisa que gostei foi o fato de que a autora não focou apenas na história entre o casal protagonista, mas também buscou mostrar um pouco mais da complexidade da vida dos personagens secundários. Sendo esses Hailey e Ryan filhos da nova esposa do pai de Ashlyn e por consequência seus meio-irmãos.

Assim que ambos apareceram, pensei que seriam chatos ou importunariam Ashlyn, mas me enganei redondamente. Hailey faz de tudo para agradar o namorado, sendo muitas vezes trouxa e tenta ao máximo ser o modelo de perfeição que a mãe deseja, mas em nenhum momento se priva das coisas que quer para agrada-la. Já o inesquecível Ryan tem uma personalidade irreverente e sensível, sempre buscando fazer o que bem entende a hora que deseja, usando muitas vezes o humor como forma de escape dos problemas. Hailey “é” budista e Ryan é gay, mas infelizmente não podem dizer isso para a própria mãe, já que a mesma é extremamente religiosa e nunca aceitaria. Eles também perderam o pai há algum tempo e ainda tentam superar, Ryan principalmente já que sente que a culpa foi sua. E por entenderem tão bem a dor que Ashlyn está passando logo viram grandes amigos dela.

O livro é de uma escrita simples, que lembra bastante o estilo de Colleen Hoover, Carina Rissi e Paula Pimenta e a narrativa de um modo geral me rendeu boas risadas, reflexões e algumas lágrimas.

Em síntese o que era para ser um livro sobre um amor proibido, logo se tornou uma discussão em como a rejeição afeta profundamente a vida de todos e sobre a aceitação da família em nos deixar sermos nós mesmos, passando também por temas como bullying, reparação, perdão, tragédia, luto e dor, mas acredito que “Sr. Daniels” fala principalmente sobre o amor e em como ele é importante para a superação.

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