Sinopse: 

Dividido em quatro seções, "O livro das semelhanças", desperta o leitor para o prazer iluminador e sensível de uma voz forte e original. Do amor à percepção de que há um espaço para o lugar-comum, do entendimento da precariedade do nosso tempo à graça proporcionada pela memória: eis uma poetisa que nos fala diretamente. 












Imaginem um livro repleto de delicadeza e sensibilidade, imaginaram? Pois bem, esse sem dúvidas é “O livro das semelhanças” de Ana Martins Marques.
Com uma simplicidade magistral e uma beleza poética, a autora brinca com as palavras e constrói uma obra que a primeira vista pode até soar ocasional, mas que ao ser analisada torna-se poderosa.
O livro é dividido em quatro seções e cada parte nos reserva não só surpresas, mas também bons momentos de reflexão.
A primeira parte, denominada “Livro”, trás em explicações poéticas as definições de todas as partes que constituem os livros e o processo de se escrever um. Começando pela capa, passando por todo o miolo (autor, título, dedicatória, epígrafe, tipo de papel, índice...) e terminando na contracapa. Os poemas penetram a alma de cada uma dessas partes tamanha é a perfeição dos termos escolhidos para suas descrições, e sem dúvidas é uma das partes mais bonitas do livro.
A seção “Cartografias” abrange os sentimentos amorosos e usa as linhas do mapa e o atravessar de fronteiras com o intuito de moldar as diferentes facetas do afeto. São “metáforas líricas” utilizadas para representar a profundidade do amor em nossa existência.
A terceira parte, “Visitas ao lugar comum”, não é tão diferente da seção anterior, porém aqui a autora brinca mais com a ambiguidade e os sentidos literais das palavras. Nessa parte edifica-se o “fim da existência”, que sempre é marcada por cicatrizes e grandes dúvidas.
A seção final é “O livro das semelhanças”, que dá título ao livro. Nela fala-se não só do amor, mas também da passagem do tempo, relatando-as de forma mais espessa e minuciosa.
A meu ver, “O livro das semelhanças” é cheio de memórias e amores, uma simples declaração de como os versos nos faz colecionar sensações e sentimentos, além de nos fazer refletir sobre o sentido da existência através das palavras. Mas como sempre acreditei que um poema pode sim ser interpretado de diversas maneiras, recomendo que leiam, sintam, interpretem esse livro a seu modo e quem sabe não transbordem poemas...

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